5 de ago. de 2012

CHAMADOS A VIVER

O FATO: Por ter arriscado a vida em manobra perigosa na moto, aventura que o deixou por três dias no hospital, os pais o puniram com dois meses sem moto e uma reflexão sobre o dom da vida. Pediram-me um texto que enviei por e-mail.
Do próprio Renan, o garotão que para conquistar uma menina do colégio, tentou passar de moto por sobre o fio de uma mureta de 1 metro recebi uma palavra de agradecimento. “__Valeu padre! Eu errei! Meus pais não preservaram minha vida para eu arriscá-la desse jeito!"  

O TEXTO: É doutrina dos católicos apostólicos romanos que nossa vida é um chamado de Deus e um empréstimo temporário. Alguém no-la deu. Não nascemos nem vivemos por acaso. Por desnecessariamente a vida em risco é desafiar o seu autor. Nem que seja para bater um recorde ou ganhar dinheiro. A fé nos diz que há um limite e que além dele não podemos nem devemos puxar a nossa vida. 
Uma simples bactéria pode levar-nos daqui para uma experiência que não conhecemos em questão de horas. Estamos vivos, por enquanto! Quando iremos para Ele, só Deus sabe!
Nascemos porque Alguém o quis e estamos vivos porque este Alguém o quer. Escrevemos Alguém com inicial maiúscula para acentuar que não se trata de um ser qualquer. Ao autor da nossa vida nós chamamos de Deus e adjetivamos seu nome com o substantivo Pai.
Afirmamos que este criador que é PAI nos criou e nos quer aqui por algum tempo. Estamos vivendo uma vida que Ele nos deu por alguns anos. Depois seremos chamados a vivê-la com Ele, nele e em Jesus por toda a eternidade. Basicamente todo católico que leu ou estudou a sua fé sabe que está vivendo de empréstimo.
A vida que temos não é nossa. A Deus pertence. Não é justo jogar com ela para vencer alguma competição ou para sermos os primeiros e os melhores. É como jogar fora uma pérola de grande valor; pérola que temos, mas que não nos pertence.
Por enquanto, Deus a pôs em nossas mãos.  Mas, se quisermos vivê-la direito, temos que, todos os dias, dar um pouco dela aos outros. Viver apenas para si é o jeito mais errado de viver. É como dirigir de olhos fechados. Não é atitude inteligente.
Pe. Zezinho, scj