30 de jun. de 2012

OS ÂNGULOS DA FÉ

Aquele pai que obrigou seus cinco filhos a comerem pizza de orégano fria porque ele e a esposa gostavam, ignorou os direitos dos filhos. Aquele pregador que jurou que só a Igreja dele tinha o direito de pregar e diminuiu a dos outros, fez como esse pai: não teve a decência de admitir que haja verdades fora da sua Igreja. Sente-se o funil da fé. Se não passou pelo funil da sua Igreja, não é bom!

Vivi sete meses em Nápoles. Do meu ângulo e do meu ponto de observação em Marechiaro, eu via o Vesúvio à minha esquerda, a Ilha de Capri à frente e Ischia à direita. Quem morava a seis quilômetros, via coisas que eu não via, embora estes pontos estivessem na mesma direção. Quando fui a Capri, nada mudou, mas como eu mudei de lugar, passei a ver à minha frente Marechiaro, à direita o Vesúvio e à esquerda Ischia e Posilipo.
Imaginem se eu pegasse um microfone e começasse a gritar de Marechiaro aos de Capri: __Vocês estão errados. Olhem como eu, para a esquerda e verão o que eu vejo! Na verdade, para ver o que eu via olhando para a esquerda, eles teriam que olhar para a direita porque viam o Continente de outro ângulo... A maioria dos pregadores da fé não se dá conta disso! Querem que, para ver Deus, as pessoas façam como eles. Se fizerem isso, aí é que não verão. Deus não está só lá onde eu olho.

Pe. Zezinho, scj