A reflexão pode ferir algumas sensibilidades, mas pode também ajudar a mudar um quadro de fácil verificação em muitas paróquias e dioceses. Trata-se de cantores que apenas cantam. Não estudam, não lêem, não se aprofundam e não se atualizam. Apenas cantam. Sabem muito de som, mas quase nada de catecismo.
Também os papagaios e as calopsitas cantam e assoviam. E são aves simpáticas e queridas. Mas não dialogam, nem respondem a perguntas. Não teriam capacidade de ler ou se atualizar. Mas cantores e músicos jovens são capazes e podem. Podem, mas não fazem. Nunca ninguém tentou, ou, se tentou, não conseguiu convencê-los a sair das frases de sempre. Estão lá para cantar e acham que devem aprender novas canções, mas não precisam aprender novos conceitos de vida católica.
Não lêem documentos, nem jamais pegaram no Documento de Aparecida ou no Catecismo Católico. Uma cantora, tempos atrás, perguntou a uma amiga catequista se ela tinha um CIC católico porque o padre havia perguntado aos cantores e catequistas quem lera e trouxera o CIC.
A catequista precisou explicar que CIC é a abreviação para Catecismo da Igreja Católica. Ela não lera e não tinha um. Mas já canta há oito anos na missa e até dá shows onde fala de Jesus, do jeito que decorou, porque admitidamente nunca leu uma vida de Cristo.
Seria exigência demais pedir aos mais de 100 mil cantores de missas e de shows no Brasil que todos, sem exceção procurassem conhecer a Bíblia, o CIC, o Documento de Aparecida e o Compendio da Doutrina Social?
Deve a Igreja ficar satisfeita com seus jovens fiéis que apenas tocam e cantam? Ou devem eles saber um pouco mais do que sabem? Não seria o caso de quem sabe e canta, motivar quem canta com ele a conhecer um pouco mais sobre os temas que anunciam cantando?