Lembra-se daqueles amigos e amigas de bares, restaurantes, rodinhas de samba e de conversas que não conseguiam viver sem você, nem você sem eles? Que fim levaram aqueles sentimentos?
Por culpa sua talvez, ou deles; por culpa de interesses outros, eles foram fazendo novas amizades e enturmando-se com outros e outras. Esqueceram você. Mas a verdade é que você também os esqueceu.
Pararam de mandar e-mails, de telefonar, sem querer se ver e alguma coisa foi esfriando. Restou o carinho. Você é grato por aqueles encontros, mas já não se vê procurando-os nem eles ou elas a você.
Ponha esta experiência na conta das circunstâncias. Família nova, trabalhos, outros interesses, pessoas novas entraram nas suas vidas e o que durou alguns anos ainda existe, mas não com a mesma intensidade. Quando se encontrarem será maravilhoso, anotarão telefones e endereços, prometerão novos encontros, mas ficará tudo por isso mesmo, porque distância, tempo e afazeres, às vezes separam amigos até então inseparáveis.
Filosofemos um pouco... O efêmero faz parte da vida. Poucas amizades se mantêm as mesmas pela vida afora. A maioria sofrerá distanciamentos e reajustes. Se você tem algum amigo, uma amiga ou alguém especial que há mais de quinze anos o procura e gosta de ser procurado para mais uma rodada de conversas, risos e correção de dados, agradeça a Deus por este alguém. Ele atravessou os tempos com você. E isso é coisa rara e dom do céu! Amigos são como anjos daqui: estão por perto mesmo que não os notemos, trazem sempre uma nova mensagem, ou atualizam a de sempre cada vez que os encontramos... Mas são humanos e, por isso, são anjos que vão e que vêm... Adote os dois tipos: os que ficaram e o que foram sem de fato ter ido!