Todos os domingos, eu, católico, sou convidado a participar de cinco procissões. Nós católicos gostamos de procissões para Cristo, tanto quanto nossos irmãos de outras Igrejas gostam de marchas para o Senhor Jesus.
Conforme a festa, vamos à rua testemunhar nosso amor por Jesus. Nesses dias a procissão é maior e mais demorada. O mundo tem que saber que temos orgulho de ser católicos e respeitamos quem tem orgulho de ser de alguma outra Igreja.
Mas nos nossos templos, fazemos cinco procissões. A primeira é a de Entrada, a segunda, a da Palavra, a terceira a de Ofertório, a quarta a de Comunhão e a quinta, a de Despedida.
Começamos dizendo o que viemos fazer: louvar e aprender a partilhar o pão e a Palavra que libertam e nos levam à solidariedade do Reino.
Minutos depois, lá estamos nós em procissão, às vezes dançando e batendo palmas para levar até o altar a Bíblia com o trecho que será lido. Gostamos muito de ouvir a Palavra do Senhor. Por isso aplaudimos e até dançamos.
Um pouco depois estamos lá dançando, ou concentrados levando as ofertas de nossa vida, mas principalmente o pão e o vinho que serão corpo e sangue do Senhor. Gostamos de ofertar, por isso fazemos festa. Em certos casos, ofertamos nossas lágrimas. Aí tudo é mais sereno e comedido.
Após a consagração do pão e do vinho, depois que oramos ao Pai Nosso e nos damos à paz do Cristo entramos outra vez em procissão dessa vez para receber o que foi ofertado e que agora nos é devolvido: é Ele, Jesus o pão do Céu. Chamamos a este encontro com ele de comunhão. Entramos em união total com o Filho de Deus.
Finalmente, após meditarmos, agradecermos e nos prometermos que voltaremos à gente se despede com a procissão de quem volta para casa feliz por ter ouvido e vivido um pouco mais da vida de Cristo e da nossa fé milenar.
Eu gosto de procissão. Os católicos que a entendem gostam. Não somos uma igreja que gosta de ficar parada. Não quanto à gente entende o que é viver a mística do cat holos: abrangentes, para todos. Não dá de ficar imóvel e sentado num banco quando há tanta coisa por ser feita.
Nossas procissões falam de uma Igreja em movimento. Por isso, se você for convidado a participar de algumas dessas procissões, não hesite. Têm tudo a ver com uma religião que se mexe!...
Pe Zezinho scj