10 de abr. de 2012

AMOR AO PÉ DO ALTAR

Existem rios que não secam, nem suas águas diminuem,
Porque lá, de onde fluem, há uma fonte perene.
Existem riachos tão limpos, que mesmo se alguém os turva.
Em pouco tempo se limpam. Seu leito não vem da lama.

Existem amores tristes que já nem mais são amores.
Não deu certo aquele sim.
Arrastam sua existência sem saber qual o seu fim.

Eu, por mim, ainda creio nos amores mais serenos,
Que não nascem de repente, mas que foram cultivados,
Passo a passo, palmo a palmo, tranquilos e sem venenos
pensados, dialogados, orados e acompanhados.

Amores sem ameaças, sem “dá cá” “quero o que é meu”.
E que não são possessivos, porque “nós” é mais que “eu”.
Existem amores puros, bonitos de a gente ver.
Dá pra ver que tem ternura, paciência e mansidão.
Cede ela, cede ele, e quem tiver que ceder,
mas ninguém é derrotado, pois não é competição.
O amor, quando é delícia, tem um pouco de malícia,
pois não é amor ingênuo
mas tem seu lado inocente, insistente, persistente,
de apostar que vai dar certo, se o outro estiver por perto,
mesmo que venham problemas.
O amor supera os dilemas...

Existem amores santos, voltados para o infinito.
É o amor mais bonito que se possa imaginar
Os dois se querem com fome,
Sonham misturar seus nomes, seus corpos e corações.
Sonham gerar novas vidas, querem ser parte de um todo.
Pois acreditam que o céu tem algo a ver com os dois.
Alguém maior do que tudo queria os dois numa carne,
num encontro de ternura, mergulho de sentimentos,
coisa de almas maduras.

Existem bons casamentos e casamentos feridos.
Bons quando os dois conseguem.
Ser esposa e ser marido.
Feridos se um deles erra, e às vezes os dois erraram
se ele não é para ela, e nem ela é para ele
a paz que tanto sonharam.

Não deu certo aquela casa, rachou, fendeu, não protege.
Não tem mais chance nenhuma, não progrediu, não se rege.
Uma das vigas da casa, algumas vezes as duas.
Perderam a sua força, não tiveram paciência.
Perderam a inocência, não souberam suportar.
E destelharam a casa, foram fundar outro lar.

Felizes aquelas almas que ainda sonham bonito.
Dentro de um sonho infinito.
Maior que os dois sonhadores.
Pois estes são os amores que acabam dando certo.

É que eles sonham de perto,
um vendo o outro sonhar
e o sonho é tão delicioso, que na hora de acordar
querem sonhar mais um pouco.

De sonhos e de esperanças, e de bem-aventuranças,
De perdão e sacrifícios, de paciência e ternura
e do colo um do outro o casamento foi feito.
Mas se se vai a ternura, e vêm as palavras duras
as exigências terríveis e as cobranças impossíveis,

“Você não faz nada por mim” “Me prove que ainda me ama”
“Não vale a pena esta cama” “Não vale a pena nós dois”
“Você não é mais aquela” “Você que não é aquele”
acabou o sentimento, acabou o casamento,
o barco está soçobrando, um dos dois está sobrando,
o amor não está queimando e nem mesmo há fogo brando.
aí a gente se assusta, pois quando um amor se apaga
duas estrelas se apagam, no céu da comunidade.

Por mais que se reacendam em qualquer outro lugar
fica a lembrança do barco que não conseguiu chegar.

Que o amor de vocês dois, que é feito de tantos sonhos
tenha um futuro risonho. E, se surgirem dilemas
não importam os problemas, vocês irão resolver.

Como meus amigos eu acho, que vocês dois são riachos
cujo encontro foi perfeito. Foram limando os defeitos
e o que sobrou é bonito. Há um amor infinito,
brilhando agora nos dois
E a gente que veio à festa, lhes dá um beijo na testa
E os abençoa serena. Amor assim vale a pena!

Sejam felizes pra sempre.
Se não pedir demais, arranjem um, dois ou mais
queridos como vocês,
pois onde houver dois ou três,
Jesus vai estar no meio.
Foi pra isso que Ele veio!
Pra santificar a gente!

Parabéns, vocês se amam.
Coragem, vão precisar.
Mas do jeito que se amam,
Continuem a sonhar
Há Deus neste casamento.
por isso é um sacramento!

Pe. Zezinho scj