Poema da prima Junia, para Maiza e Juliano, depois que brigaram por causa da Semíramis.
Recebi da Junia o rascunho do poema de arrependimento que ela escreveu depois de haver brigado numa festa, por causa da nova amiga que bebeu e deu vexame!
Daqui da minha dor e prisão eu rezo, para que a minha oração me liberte:
- Da culpa excessiva que me esmagaria;
- Da dor que lhe causei porque jamais desejei machucar vocês dois;
- Deste peso enorme e deste medo enorme de pensar que serei lembrada mais pelos meus enganos do que pelos milhares de acertos que pus na sua vida.
Da sua dor e liberdade agora conquistadas rezem para que a sua oração os liberte:
- Das lembranças que incomodam;
- Dos fantasmas que teimam em voltar
- Da mágoa que os tornaria incapazes de esquecer e de perdoar de verdade.
A mágoa excessiva secaria o mar de luz que vocês são.
A culpa excessiva calaria para sempre minha canção.
Vocês não querem isso! Eu não quero isso!
Então, rezemos um pelo outro.
Se amizades verdadeiras existem, nós a tínhamos.
Talvez eu a reencontre aqui no meu silêncio. Procurem-na aí, no seu perdão.
Ass.: Junia.
Pe Zezinho scj